terça-feira, 12 de abril de 2011

Dia 1 – Finalmente em Milão

O vôo de saída de Porto Alegre estava marcado para as 18h. Às 16h, já nos reuníamos no aeroporto. Depois da despedida dos familiares, alguns com mais lágrimas que outros, embarcamos para o início da nossa viagem. O vôo até o Rio não foi nada comparado com o que ainda estava por vir. Chegando com um pouco de atraso, enfrentamos uma fila nada interessante, mas embarcamos sem problemas.

O vôo até Frankfurt foi cheio de surpresas, começando com os souvenirs, como o kit higiene equipado com mini-pasta de dente e meias. Os assentos possuíam telas para filmes e jogos, que insistiram em não funcionar durante todo o vôo. Por muito tempo, elas mostravam um conjunto de letras e números, que lembravam o sistema DOS dos computadores... sem esquecer do pingüim que vai estar nos pesadelos de alguns.

O meu companheiro de vôo era um ser no mínimo peculiar. Meu lugar era na janela. Quando o rapaz chegou, começou a tirar livros de dentro da mochila e arremessá-los no seu assento. A comunicação não passava de gestos de mímica e algumas risadas. No início da decolagem, o colega se transformou em um volume sob uma coberta verde durante a maior parte da viagem. Mas mais tarde, tudo fez sentido. Ele acordou e ficou observando enquanto eu trabalhava no meu portfólio no notebook. Fui para a fila do banheiro, e fui surpreendida por uma sequência de gestos confusos. Finalmente consegui trocar palavras com ele, em inglês. Ele era um francês, que obviamente não falava português e um mínimo de inglês, que trabalhava com design de comunicação e queria elogiar o meu trabalho. E assim continuou a viagem. Sem conversas, apenas mímicas e sons guturais.

O próximo desafio foi a alfândega alemã. As filas eram longas e a inspeção era rígida. O detector de metais apitou quando passei por ele. Fui revistada e me pediram que tirasse as botas, para em seguida serem passadas pelo detector de metais. E para completar, a alemã tinha o pior humor de todos. Mas tudo podia ser pior, o Douglas teve que levar seu conjunto de fios e mouse para um teste químico, em uma salinha pequena cheia de imigrantes. É... os alemães podem ser bem intimidadores. Mas o pior já tinha passado. Agora só mais poucas horinhas de Frankfurt até Milão e finalmente chegaríamos no nosso destino final.

Depois de aproximadamente 20 horas entre vôos e aeroportos, chegamos em Milão! Um ônibus nos esperava para nos levar ao nosso hotel: o Ripamonte Residence. Um hotel muito grande, com shopping e várias outras facilidades... com exceção da internet, é claro, que é wireless, mas é paga por hora e só pode ser acessada de alguns pontos do hotel.

Menos de uma hora para o banho, e já estávamos na rua de novo. Fomos à Piazza Duomo para procurar um lugar para jantar. A noite estava linda e a iluminação das construções antigas eram fenomenais. O Duomo é a maior catedral em estilo gótico do mundo. Se destaca por suas enormes proporções e ao mesmo tempo sua delicadeza. Mede 157m de comprimento, 33m de largura e 92m de fachada, com mais de 2 mil estátuas, gárgulas e pináculos.

Outro ponto alto foi a Galleria Vittorio Emanuele II, recheada de belas lojas e vitrines. O chão de mosaicos é belíssimo. Dizem os supersticiosos que todos os viajantes devem colocar o calcanhar sobre o buraco no touro de mosaico e girar sobre ele, para um dia retornar a Milão. O telhado de vidro estava enfeitado com luzes nas cores verde, vermelho e azul, criando uma ótima atmosfera para a noite.

Para jantar, nada mais apropriado que Pizza! Fomos a um restaurante a três estações de distância da Piazza Duomo chamado Il Pomodorino (O tomatinho). As pizzas individuais eram excelentes, mas muito grandes.

Retornando ao hotel, encerrou-se nosso primeiro dia (ou noite) em Milão. Mas a viagem começa mesmo apenas após algumas poucas horas de sono, com o nosso primeiro dia de visita ao Salão do Móvel.

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